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quarta-feira, 30 de março de 2011

Dólar opera perto da menor cotação desde agosto de 2008

O dólar caía pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira. Às 12h33, a moeda americana tinha baixa de 1,14%, a R$ 1,635. Se fechar nesse patamar, o dólar cairá ao menor nível desde agosto de 2008, antes do auge da crise financeira global. A queda ocorria após avaliação do mercado de que a última medida do governo não terá grande efeito sobre o câmbio.

Na terça-feira, o governo elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado em operações de empréstimo externo com prazo até 360 dias para 6%, com a meta de encarecer uma das principais fontes de entrada de dólares no País nos últimos meses.

O decreto foi o mais recente em uma série de intervenções desde o começo do ano com o objetivo de frear a valorização do real e proteger as exportações. Após semanas de expectativa por novas medidas, porém, a avaliação mais comum era a de que o imposto maior não terá impacto sobre a cotação do dólar. "O governo não tem medidas para convencer o mercado, e o fluxo continua entrando", disse Arnaldo Puccinelli, gerente na área de derivativos do Banif Investment Bank.

Às 12h30, o Banco Central divulga os dados mais recentes sobre o fluxo de câmbio para o País. Enquanto isso, o mercado monitora a possibilidade de compras de dólares pelo governo nos mercados à vista, a termo e no futuro.

De acordo com o operador de um banco dealer, "a medida -não tao eficaz - do governo ontem fez muita gente desistir de posições compradas" em dólares. Dados da BM&FBovespa mostram que os investidores estrangeiros elevaram a US$ 15,89 bilhões as posições vendidas na moeda americana no dia 29, maior montante desde novembro, em uma aposta crescente na valorização do real frente ao dólar.

A própria aproximação do final de mês, com a rolagem de contratos no mercado futuro, intensifica a pressão dos agentes com posições vendidas em direção à queda do dólar. "O pessoal de Ptax (taxa média do dólar, usada na rolagem de contratos) está na baixa e vem forçando", disse outro operador de câmbio, em uma corretora local. "Esses níveis se sustentam por medo de medidas. Mas se não vier nada, aos poucos vão empurrando."

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