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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Parque temático de Potter prepara filiais

LOS ANGELES (Reuters) - Os fãs de Harry Potter terão em breve um novo parque temático à disposição nos Estados Unidos, e filiais no Japão e Cingapura também estão em estudo, disse o Wall Street Journal na quinta-feira.

Citando fontes familiarizadas com os planos, o jornal disse que a NBC Universal planeja ampliar o seu parque temático Universal Studios, em Los Angeles, com uma ala dedicada ao menino-mago.

Seria algo semelhante ao parque Wizarding World of Harry Potter, inaugurado em 2010 pela Universal em Orlando, na Flórida. O local inclui um Castelo de Hogwarts e montanhas-russas inspiradas nas aventuras de Harry com seus amigos.

A NBC Universal e a Warner Bros - estúdio responsável pelos oito filmes da série "Potter" - não comentaram a reportagem do Journal.

No começo de 2012, o estúdio Leavesden, que fica nos arredores de Londres e pertence à Warner, começará a oferecer uma visita guiada pelas instalações onde os filmes foram feitos.

(Reportagem de Jill Serjeant)

ESTREIA-Anne Hathaway estrela adaptação para cinema de "Um Dia"

SÃO PAULO (Reuters) - Baseado no romance homônimo de David Nicholls, "Um Dia" tem um título um tanto enganador. Um dia? O filme parece durar uma eternidade, por conta da direção morosa da dinamarquesa Lone Scherfig. A história central repete "Harry e Sally" e "Tudo Bem no Ano que Vem", filmes em que, exatamente como aqui, um casal se encontra todos os anos na mesma data.

Emma (Anne Hathaway) e Dexter (Jim Sturgess, de "Caminho da Liberdade") se conhecem no dia de formatura. Na verdade, ela reparou nele há mais tempo, mas ele nunca prestou atenção nela. Naquela noite quase transam e acabam se vendo ao longo de vinte e poucos anos, todos os dias 15 de julho, também conhecido como Dia de São Swithin.

Ao longo de pouco mais de 100 minutos, o longa acompanha o dia específico na vida da dupla. Nessa data, às vezes se encontram, às vezes se falam por telefone, às vezes nem lembram da existência um do outro - na verdade, ela sempre se lembra, ele é que não.

Essa necessidade de se concentrar em um dia na vida dos personagens resulta numa narrativa bastante esquemática e um tanto previsível, mirando no poético e acertando no clichê.

Geralmente, "Um Dia" é mais interessante no seu pano de fundo do que naquilo que acontece no primeiro plano da cena. Ou seja, a ambientação - cenários, figurinos, músicas - são eficientes para mostrar bastante a época em de cada um dos 15 de julho. De ombreiras a Robbie Williams, muita coisa que atravessou a cultura pop entre 1988 até 2011 fará uma pequena participação no filme.

Ao contrário de seu longa "Educação", aqui a diretora Scherfig (também de "Italiano para Principiantes") tem mais dificuldade em conduzir a narrativa, preocupa-se mais em retratar a data específica do encontro na vida do casal do que compor o caminho entre um ano e outro organicamente. Descobrem-se os desdobramentos meio sem vê-los propriamente.

Mesmo não sendo uma ideia tão original assim, poderia funcionar melhor com personagens mais bem delineados e também se a história fugisse do clímax previsível. Não faz muito sentido como a bela e luminosa Emma se apaixona tão platonicamente e por tanto tempo pelo egocêntrico e pedante Dexter.

Ao final, apenas um dia pode ser pouco demais para Emma e Dexter. Mas vinte vezes o mesmo dia, uma situação que pode assentar bem ao longo de um livro, nesta adaptação para o cinema falha pela falta de atenção às sutilezas que deveriam cobrir as lacunas entre um ano e outro.

(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

ESTREIA-"Os Muppets" diverte com clima retrô e piadas ingênuas

REUTERS
SÃO PAULO (Reuters) - Seja lá quem for que teve a brilhante ideia de ressuscitar os Muppets, merece todos os aplausos do mundo - especialmente porque o novo filme da trupe de bonecos é diversão do começo ao fim. E, a melhor notícia, para adultos e crianças.

Há um inegável senso de nostalgia no longa "Os Muppets", dirigido por James Bobin - mas o resultado não é melancólico. Olha para o passado, mas não se esquece do presente e do futuro, ou seja, das crianças de hoje e da possibilidade de uma franquia que pode, novamente, durar anos. O filme circula em cópias dubladas e legendadas.

Quem via os Muppets décadas atrás na televisão e em alguns filmes vai reencontrar o humor ingênuo, que, por isso mesmo, é capaz de fazer rir. Os personagens criados por Jim Henson, aliás, são como crianças, com suas tiradas despidas de ironia ou cinismo. Combinado a isso está o despojamento deste longa, em que os personagens não apenas riem de si mesmos, mas também do filme.

O único senão desta nova versão é que o sapo, conhecido no Brasil como Caco, agora atende aqui também pelo nome original, Kermit. Pura bobagem globalizada e desnecessária.

O roteiro é assinado por Jason Segel ("Professora sem Classe"), que também atua no filme, como irmão de Walter, que seria um Muppet mas, como vive com seu irmão humano, é uma figurinha meio perdida no limbo do existencialismo.

Mas isso pouco importa, porque ele é o fã número 1 dos Muppets e fica bastante deprimido quando viaja com o irmão e a noiva deste, Mary (Amy Adams, que há muito não se via tão meiga e engraçada), para a Califórnia, onde pretende visitar o teatro e os estúdios de seus ídolos.

Quando se descobre que a trupe não existe mais, resolvem procurar o sapo e sugerir uma reunião. Isso vem a calhar, porque um barão do petróleo (malevolamente interpretado por Chris Cooper) quer derrubar o teatro, pois há algo de muito precioso em seu subsolo. Para salvar o palco onde foram famosos, os Muppets devem se unir e fazer um Teleton, para arrecadar dinheiro.

A história, claro, é bem simples, mas dessa simplicidade Bobin e companhia conseguem tirar algumas lições de vida - nada didaticamente chato ou panfletário como "Happy Feet 2" - e muitas risadas.

O reencontro de alguns personagens é memorável. O urso piadista Fozzie trabalha num show de segunda, que imita os verdadeiros Muppets. Já Miss Piggy tem a posição que merece: é a editora da revista "Vogue" francesa.

Isso, aliás, resulta num dos melhores momentos do filme: sua secretária é vivida por Emily Blunt, praticamente repetindo seu papel de "O Diabo veste Prada". O elenco também inclui Jack Black, Zach Galifianakis, Selena Gomez e Whoopi Goldberg.

Longe dos efeitos digitais que entulham o cinema infantil, "Os Muppets" é divertidamente retrô e encontra diálogo com adultos e crianças - não necessariamente pelos mesmos motivos.

A trilha sonora, diga-se de passagem, está longe do que se esperaria de um filme infantil, com versões para músicas de Paul Simon, Nirvana e Jefferson Starship - mas, e daí, os Muppets nunca foram convencionais mesmo.

(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)